O termo
robô surge mais tarde, no século XX, derivando da palavra tcheca robota, que
significa trabalhador forçado (ou escravo). O termo, com a sua atual
interpretação, foi inventado pelo escritor tcheco Karel Capek em seu
romance “R.U.R. (”Robôs Universais de Rossum”), em 1921. Nesse romance, o
personagem Rossum projeta e constrói um exército de robôs que se tornam
muito inteligentes e dominam o mundo. O foco principal dessa obra é a
desumanização do homem face a um meio tecnológico. O termo robótica
também saiu da literatura quando em 1941, o escritor russo-americano Isaac Asimov
(1920-1992) escreveu um conto intitulado “Runaround”, em que o termo significa
o estudo e o uso de robôs. Mais tarde o termo foi adotado pela comunidade
científica.
Entretanto,
a robótica não é ficção científica. É uma ciência em expansão e transdisciplinar
por natureza, envolvendo várias áreas de conhecimento, tais como:
microeletrônica, computação, engenharia mecânica, inteligência
artificial (IA), física (cinemática), neurociência, entre outras [Halfpap
2005].
Portanto, a
robótica é a ciência ou o estudo da tecnologia associado com o projeto,
fabricação, teoria e aplicação dos robôs.
As
características que tornam um robô diferente de outras máquinas são: normalmente
robôs funcionam por si só, são sensíveis ao seu ambiente, adaptam-se às
variações do ambiente ou a erros no desempenho anterior, são orientados
para a tarefa e, muitas vezes, têm a habilidade de experimentar
diferentes métodos para realizar a uma tarefa. Atualmente, os robôs
podem ser agrupados em três categorias: manipuladores, robôs móveis e
híbridos. Os manipuladores são fixos ao seu local de trabalho, enquanto que
os móveis se deslocam em seu ambiente usando atuadores. Os híbridos são obtidos
com junção dos dois anteriores [Russell & Norvig 2004].
A robótica
pedagógica envolve um processo de motivação, colaboração, construção e reconstrução.
Para isso, faz-se necessário a utilização de conceitos de diversas disciplinas
para a construção de modelos, levando os alunos a uma rica vivência
interdisciplinar. O robô como ferramenta de trabalho possibilita a
criação de novas formas de interação com o mundo. A aprendizagem é
fundamentalmente uma experiência social, de interação
pela linguagem e pela ação. Essa interação dever favorecer a
cooperação e autonomia, assegurar a centralidade do indivíduo na
construção do conhecimento e possibilitar resultados de ordem cognitiva,
afetiva e de ação.Assim, na construção de um modelo robótico, o processo de
colaboração acontece quando os problemas são analisados e resolvidos em
grupos e a autonomia é exercida na medida em que cada elemento do grupo
tem responsabilidade por uma parte da solução, e no respeito aos outros
indivíduos. Cada um tem a responsabilidade pelo seu próprio conhecimento
e pelo grupo. Todos devem participar da solução. Assim, a dúvida de um e
a certeza do outro fazem com que o grupo cresça e se desenvolva. da linguagem LOGO. Essa linguagem tinha como elemento principal uma tartaruga, que inicialmente era um robô móvel que se deslocava no chão e como o desenvolvimento do monitor de vídeo passou a ser representado de forma icônica na interface do programa.
A
utilização de robôs como mediador para construção do conhecimento não é algo
recente. O grande precursor desta atividade foi Saymourt Papert, pesquisador do
MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts). Seus trabalhos acerca da
robótica na educação começaram nos anos 60 quando também nascia o
construcionismo [Papert 1994]. Papert via no computador e suas
possibilidades um recurso que atraia as crianças e com isso facilitaria
o processo de aprendizagem. Um de seus trabalhos mais célebres é a criação
SILVA, Alzira Ferreira da.
RoboEduc: uma metodologia de aprendizado com robótica educacional. Natal, RN,
2009.
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